Chegou ao Recife, por volta das 18h desta segunda-feira, o avião fretado pela construtora Queiroz Galvão com 148 brasileiros que estavam na Líbia. Com o acirramento dos conflitos no país, a empresa resolveu colocar os funcionários na casa de um dos diretores e em hotéis mais afastados.
Eles deixaram o país em um navio, desembarcando na Grécia no domingo. Antes de chegarem a Recife, eles fizeram escala em Lisboa, onde um grupo de portugueses e espanhóis da empresa desembarcou, informa o IG.
No Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/ Gilberto Freyre, o clima foi de muita ansiedade. Dezenas de familiares e amigos dos 58 pernambucanos do grupo esperavam por notícias no saguão de desembarque. Alguns traziam faixas, flores e balões. 'Nosso desespero começou quando cortaram a internet e a comunicação ficou mais difícil, mas graças a Deus tudo acaba hoje', disse a designer Margarida Correia Lima, que esperava a chegada do sobrinho Ricardo César.
O diretor da construtora na África do Norte e Oriente, Marcos Jordão, de 54 anos, foi o primeiro passageiro a desembarcar. Ele disse que os distúrbios no país começaram na quarta-feira, e na casa de alguns engenheiros, em Benghazi, começaram a ouvir tiroteios. Apesar de ninguém ter presenciado o conflito.
A partir daí a empresa decidiu retirá-los do local e levá-los para a casa de Jordão, que ficava mais afastada, e os que estavam mais distantes em um hotel. 'Em nenhum momento nenhum de nós esteve em perigo ou na linha de fogo direto, mas a ansiedade para voltar ao Brasil era muito grande', afirmou Jordão.
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