HOSNI MUBARAK RENUNCIA A PRESIDÊNCIA DO EGITO

  Depois de intensas e dramáticas manifestações em todo o Pais, o Presidente Mubarak não suportou a pressão do povo e da comunidade internacional, e renunciou. Ontem a noite, em seu último discurso, o presidente do Egito anunciou uma série de novas medidas que levariam, segundo ele, a uma transição lenta do poder. Insatisfeitos, milhões de manifestastes intensificaram os protesto na praça Tahrir, e pediam o afastamento imediato do presidente. Hoje, o Vice-Presidente anunciou através da emissora estatal a renúncia de Mubarak e a entrega do poder as Forças Armadas, que vão conduzir o processo de democratização do Pais. 

          A tensão e a indignação que tomavam a Praça Tahrir, se transformaram em euforia e alegria. Depois do anúncio da renúncia, era visível a chegada de uma multidão a praça Central do Cairo para comemorar a conquista.

 REPERCUSSÃO INTERNACIONAL

          A União Europeia declarou hoje que o presidente Hosni Mubarak ouviu a voz dos egípcios ao anunciar sua renúncia ao poder, declarou a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton. Essa decisão, segundo Ashton, é o caminho para "reformas mais rápidas e profundas" no país árabe.

           A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, chamou hoje de "fato histórico" a renúncia de Hosni Mubarak no Egito. "Hoje é um dia de grande alegria. Na alegria dos rostos se vê a força que dá a liberdade", disse Merkel em uma declaração lida aos jornalistas. Merkel desejou aos egípcios um futuro de paz e liberdade, “sem tortura e sem detenções arbitrárias", e acrescentou que espera que a força para destituir Mubarak do poder acompanhe agora o processo de democratização do país, na forma de eleições livres.

           O movimento islâmico palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza, cumprimentou nesta sexta-feira o "início da vitória da revolução" egípcia, com a saída de Mubarak do poder.

            Segundo informações da diplomacia Brasileiro, O Itamaraty divulgará uma nota até o fim da tarde de hoje. A posição do Governo Brasileiro diante dos fatos no Egito, foi de respeito as manifestações ocorridas no Egito.