A presidente Dilma Rousseff telefonou para o deputado
estadual Marcelo Freixo, do PSOL do Rio de Janeiro, num gesto demonstrou a
importância com que a presidente e seus estrategistas de campanha veem a adesão
de Freixo à candidatura dela. Campeão nas eleições do Rio para deputado
estadual, com 350.408 de votos, Freixo é uma das marcas registradas do PSOL,
assim como a ex-presidenciável Luciana Genro o deputado federal baiano Jean
Wyllys. Juntos, eles compõem a chamada alma da agremiação.
Para o PT, o apoio de Freixo é uma conquista em si, mas
também foi visto como um sinal da aproximação da legenda, formalmente, ao campo
de Dilma.
Nas contas dos estrategistas do partido, a presidente terá
de conquistar 9 milhões de votos para vencer Aécio Neves nas urnas de 26 de
outubro. Neste sentido, acreditam que um posicionamento claro de Luciana poderá
render a Dilma a grande maioria do 1,4 milhão de votos que ela conseguiu no dia
5.
Não admito o retrocesso que acredito que um governo tucano
poderá representar, justificou o deputado. "Independentemente da posição
que o partido vier a tomar, eu votarei em Dilma nesse segundo turno".
Emissário do PT estão lançando as pontes possíveis ao PSOL.
Um dos argumentos é o de que Dilma não apenas não atacou Luciana na campanha,
como sua origem política na esquerda dos anos 1960/70 guarda identidade com
muitas bandeiras atuais do PSOL.
O partido pretende fazer uma reunião de sua direção nacional
para decidir um rumo no segundo turno, ou a abstenção entre as duas escolhas
possíveis, entre Dilma e Aécio. O partido, por meio do parlamentar baiano Jean
Wyllys, aproximou-se de Marina Silva no primeiro turno, mas quando a candidata
do PSB resolveu conciliar com o pastor Silas Malafaia em torno da questão gay –
apesar de ela não ter admitido esse movimento -, o afastamento foi automático.
Agora, o PSOL pode mudar para o lado do PT.
247 Brasil
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