Por José Adilson Filho
*Prof. Dr. da Universidade Estadual da Paraíba
Para aqueles que justificam as suas quatros derrotas
consecutivas mediante o dispositivo do preconceito de classe ( a barriga
faminta dos pobres e miseráveis) e do preconceito de lugar (os nordestinos),
vale salientar que nesta eleição de 2014, e, nas anteriores, nós ganhamos em
estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, os quais são, respectivamente, o
segundo e o terceiro colégios eleitorais do país.
É preciso aceitar os fatos,
pois também vencemos em vários estados ricos, com classe média e bom nível de
escolarização. Apostar neste discurso separatista e preconceituoso é típico
daqueles que não sabem perder, ou seja, que não aceitam o veredicto popular.
Tal atitude também deriva do neofascismo que tomou conta de muita gente e
setores saudosistas dos tempos da Ditadura Militar e de uma vidinha
aristocrática , exemplificada numa simples e simbólica frase: " você sabe
com quem está falando?". Esse tipo está se degenerando com a possibilidade
de ascensão social dos desvalidos advindo da antiga e das novas senzalas. Daí
vociferam seu cheiro de enxofre estigmatizando pobres, gays e nordestinos que
votaram em Dilma.
A sua vitória só foi possível porque além de ganhar
expressivamente no Nordeste e Norte venceu em alguns importantes estados do sul
e sudeste e teve razoável votação nos estados em que perdeu para seu opositor.
Sendo assim, Dilma é bicampeã no Brasil como resultado da vontade da maioria do
povo brasileiro e, não somente dos nordestinos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário