Marina Silva tem reproduzido sinais de que irá mesmo apoiar
a candidatura de Aécio Neves (PSDB) contra a reeleição da presidente Dilma
Rousseff. No entanto, para a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247, esse
movimento pode não significar muita coisa para o tucano em termos de votos. Ela
questiona a capacidade da ex-senadora de influenciar seus eleitores.
"A repercussão positiva de um fato político traz ganhos
eleitorais, sem dúvida, mas outra coisa é a capacidade de transferir votos, um
atributo que nem todos os políticos têm. Marina, até aqui, não demostrou
possui-lo. Na história recente, ninguém superou Leonel Brizola neste
especialidade. Ela transferiu para Lula praticamente todo a sua votação no
primeiro turno de 1989", afirma a jornalista. Ela lembra que, em 2010, a
capacidade de transferência de votos de Marina nem foi testada, na medida em
que ela ficou neutra".
Mas em sua aliança com Eduardo Campos, o resultado
neste quesito não foi bom", escreve ainda Tereza Cruvinel, lembrando que,
quando morreu, Eduardo Campos tinha apenas 8% de intenções de votos. "O
próprio eleitor, desta vez, pode ser mais receptivo ao pedido dela, embora todo
mundo saiba que parte do eleitorado de Marina, frustrada com os governos do PT,
acabará refluindo para Dilma. Aliás, o xis desta disputa está na porcentagem de
votos marinistas que irá para cada um dos concorrentes no segundo turno".
247 Brasil
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