O
primeiro dia de trabalho como Ministro da Educação e Cultura do Brasil não foi
nada agradável para Mendonça Filho. Ao chegar no auditório do Ministério, onde aconteceu sua
apresentação aos funcionários, Mendonça foi surpreendido com palavras de ordens
do tipo golpista. Aos gritos os servidores do Ministério afirmaram que não reconhecerão
o governo de Temer e, por tabela, seu Ministro.
A
indignação maior veio dos servidores do extinto Ministério da Cultura, que
protestavam contra anexação ao Ministério da Educação. Segundo gestores,
produtores e servidores da Cultura, a decisão do Presidente Interino significa
severa ameaça as conquistas e avanços do setor, fruto de muita luta dos
movimentos culturais.
O
Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de Cultura das Capitais e
Regiões Metropolitanas divulgou através de manifesto que “todo o esforço que o
país fizer em termos de desenvolvimento econômico será sem efeito para o
conjunto da população se não considerar os aspectos culturais do
desenvolvimento". O documento ainda afirma que “Enquanto a maior parte do
mundo caminha para pensar a cultura como estratégica para o desenvolvimento das
nações, não podemos caminhar num sentido diferente. Por mais que se tenha que
replanejar os investimentos no país, a Cultura precisa ser colocado num outro
patamar, posto que o investimento não realizado em cultura hoje terá um alto
custo para o país posteriormente. A Cultura é que nos torna realmente humanos,
o que nos tira da barbárie". O documento foi assinado por mais de 28
secretários.
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