A Polêmica em torno da proposta de Eva Jolie (Europa Ecológica), de substituir o desfile Militar do 14 de julho na França, por um desfile cívico com a participação de vários setores da sociedade teve reações de caráter racista. Na Primeira hora o Primeiro Ministro da França, François Fillon, disparou que Eva, com essa postura, estaria indo de encontro a uma tradição que ja faz parte da cultura francesa, e declarou está chocado com a sua declaração. A UMP (União por um Movimento Popular) partido do Presidente Sarkosy, chegou a dizer que o comportamento de Eva Jolie devia-se a sua dupla nacioalidade, que a impedia de sentir este evento como uma francesa de fato. A reação mais forte, portanto, ficou por conta da extrema direita francesa. O Deputado do coletido Direita Popular, Lionnel Luca, acusou a ecologista de confundir o 14 de julho com o 1 de abril, e perguntou o que ela fazia no ano de 1944-45. O Deputado pela UMP, Guy Teissier, usou um termo bastante usado pela extrema direita na primeira metade do século XIX para descriminar judeus e comunistas, chamando-a de Anti-França, coro imediatamente reforçado pela Presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, quando acusou Jolie de "sem pátria fixa", que ela não teria know-how de propor algo desse tipo, por nao ser uma francesa nata. A reação da Direita Francesa trouxe a tona um tema muito sensível que provoca divisões sociais muito traumáticas na França, a xenofobia. O Movimento Contra o Racismo e Pela Amizade entre os Povos (MRAP) qualificou as declarações do Primeiro Ministro de perigosa e racista.
A esquerda francesa saiu em defesa da ecologista dizendo que ninguém tem o direito de mensurar o amor e a fidelidade a França de quem quer que seja.
Eva Jolie foi eleita membro do Parlamento Europeu em 2009, é ex-Magistrada francesa e pré-candidata a Presidente da Republica pelo partido verde nas eleições de 2002. Possui dupla nacionalidade franco-norueguesa.
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