Caças franceses sobrevoam a Líbia, diz fonte militar; ataque pode ocorrer ainda hoje

       As potências que se reunirão em Paris neste sábado para discutir uma intervenção coordenada na Líbia poderão lançar ataques aéreos logo após o fim do encontro, disse uma fonte próxima às discussões à agência Reuters.

     A fonte disse que França, Grã-Bretanha e Canadá poderão participar juntamente de uma intervenção inicial. Os Estados Unidos entrariam mais tarde, assim como outros países árabes. 

Citando uma fonte militar, a AFP informou que os aviões sobrevoaram "o conjunto do território líbio" neste sábado em missões de reconhecimento.

O canal francês BFMTV também reportou que aviões franceses estariam sobrevoando Benghazi, principal reduto de opositores de Muammar Gaddafi, para impedir a circulação das forças leais ao ditador.

Segundo a “Al Jazeera”, um porta-voz do governo canadense disse à Reuters que seu país apoia uma ação rápida na Líbia, mas ainda terá dois dias para preparar uma missão com seus caças na região.

Uma cúpula de 22 líderes ocidentais e árabes está reunida em Paris para analisar a situação na Líbia, depois da resolução da ONU que autoriza o recurso à força militar contra o regime de Muamar Gaddafi.

Depois de se reunir com os primeiros-ministros Stephen Harper, do Canadá, e David Cameron, do Reino Unido, e com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, recebeu no Eliseu, palácio presidencial, os demais participantes da cúpula.

Entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel - cujo país se absteve no voto da resolução da ONU -, o chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, o primeiro-ministro do Qatar, os chanceleres iraquiano, jordaniano e dos Emirados Árabes, assim como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Nenhum líder africano participa da cúpula. O presidente da Comissão da União Africana (UA), Jean Ping, cuja presença tinha sido anunciada, estava na Mauritânia, em reunião com cinco chefes de Estado africanos encarregados de encontrar uma saída pacífica para a crise líbia.

*Com agências internacionais