O PSDB perdeu a chance de encerrar, com elegância, sua
participação na campanha eleitoral de 2014. Depois de um discurso correto do
candidato derrotado Aécio Neves, no último domingo, em que pregou paz e desejou
sorte à presidente reeleita Dilma Rousseff, a petição apresentada pelo deputado
Carlos Sampaio, pela auditoria nas urnas eletrônicas, colocou tudo a perder. De
tal forma que, hoje, é de revolta com os tucanos o ambiente no Tribunal
Superior Eleitoral.
Reportagem da jornalista Beatriz Bulla, do Estado de S.
Paulo (leia aqui), informa que o pedido tucano deve ser rejeitado por ampla
maioria. Ministros da corte consideraram o pedido "antidemocrático" e
também um "desserviço" ao País. O ministro João Otávio Noronha foi
quem bateu mais duro, afirmando que "falta seriedade" ao pedido
tucano. Outra referência em questões eleitorais, o ex-ministro Torquato Jardim,
afirma que o PSDB "não apresentou nenhum fato concreto".
Noronha fez ainda outra ressalva, diferenciando o Brasil de
países bolivarianos. "O que me leva a crer na falta de seriedade do pedido
é se dizer que seria bom auditar por causa da rede social, onde se escreve o
que se quer. O fato (que embasa o questionamento) não pode ser fofoca, rede
social", disse ele. "Não somos a Venezuela, a Bolívia".
Reportagem de Cristiane Jungblut, do Globo, evidencia que a
responsabilidade pelo pedido é do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), mas com
aval do senador Aécio Neves (PSDB-MG) (leia aqui). "Eu disse para o Aécio
que tinha decidido pedir a auditoria e ele falou: “Carlão, você está na
coordenação jurídica nacional, o que você achar que deve fazer, para mim tá
bom”. Foi uma conversa muito rápida, de alguns segundos. Não entrei no detalhe
jurídico de como isso seria feito, e ele não questionou nada", disse Sampaio
ao Globo.
A decisão serviu, apenas, para arranhar a imagem do PSDB.
247 Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário