O ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, que deixou
12 mortos, tem causado repercussão entre líderes de diversos países e
cartunistas do mundo todo, que lamentam a morte de colegas.
O brasileiro Carlos Latuff, famoso pelo envolvimento com o
povo muçulmano e especialmente pela causa Palestina, lamentou o ataque a tiros,
realizado por homens encapuzados na sede da publicação em Paris nesta manhã.
"Esses atiradores deram uma grande contribuição à
islamofobia na França e em toda a Europa ao atacar o escritório do Charlie
Hebdo", escreveu o ativista em seu Twitter. Quatro chargistas famosos
estão entre os mortos na tragédia: Georges Wolinski, Jean Cabut
("Cabu"), Tignous e Stephane Charbonnier, o "Charb", editor
da publicação.
Latuff sempre se posicionou de forma contrária às charges e
à linha satírica do jornal francês em relação aos islâmicos. Hoje, ele comentou
que, apesar disso, não pode concordar "com o fuzilamento de jornalistas e
chargistas".
"Em que pese que sou contrário as charges de Maomé e as
constantes provocações ao mundo islâmico promovidas pelo jornal 'Charlie
Hebdo', não posso concordar com o fuzilamento de jornalistas e chargistas. Esse
tipo de ação só favorece ao discurso anti-islâmico e anti-imigração, cada vez
mais forte na Europa", disse Latuff.
Segundo ele, "os islamofóbicos estão encantados com o
ataque ao Charles Hebdo! Eles têm agora uma oportunidade de ouro para atacar os
muçulmanos por muito tempo!"
Brasil 247
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